O bar anti-cristão:
(...)Outro fato que não posso deixar de testemunhar: quando nós chegamos numa cidade chamada Dresden, o organizador sabia que éramos cristãos. Estava ali o Exaudi, uma banda gótica lá das redondezas de Zittau; eles arrumaram este show para nós. Eles tinham um acordo com o dono do bar: "Como o bar é para satanistas, totalmente black-metal, não vai se falar nada de religião. A condição é essa; se falar, já era. Nunca mais vocês tocam, e a hora que o Antidemon falar, desligo tudo, mando todo mundo embora!".Dai o Exaudi chegou e disse-nos: "Olha, nós estamos trabalhando pra fazer show neste bar há mais de ano, e agora vocês vêm, e nós queremos continuar, porque é o maior ponto underground de Desdren."Respondi: "Olha, eu tenho de tocar; a gente já viajou 500 Km de carro. Além disso, estamos precisando do suprimento financeiro que vai vir de cada show".(...)Daí, a gente subiu ao palco, com o coração muito apertado, porque seria o primeiro show da nossa vida em dez anos e meio de banda, sem falar de Jesus. Ia ser muito dificil.Começamos a tocar. O lugar quase foi abaixo! Deus honrou tanto, tanto... e oitenta por cento era black-metal, com camisetas de bandas black, cruz invertida e pentagrama; e eles começaram a banguear, pular, bater o pé, estava ensurdecedor o barulho que eles faziam em cada musica que a gente tocava! Quando terminamos o show, mais ou menos de uma hora e dez minutos, que é nosso tempo normal, eles começaram a pedir mais uma música. Nós saimos do palco e eles voltaram a pedir, bater, assim agressivamente. O dono veio correndo para nós: "Pelo amor de Deus, voltem; eles vão acabar com tudo, se vocês não voltarem". Resumindo: saímos e voltamos pela quarta vez, completando duas horas de show! A gente não estava aguentando mais...(...)
Ai, nesta ultima musica, estava muito pesado. Eu senti uma presença muito forte, maligna, o próprio diabo ao lado, ali. Eu ouvia no meu ouvido assim: "è isso o que eu tenho prá você, se você não falar o nome Dele...eu quero fazer de vocês os melhores; se vocês não falarem o nome Dele, vaio ser todo show assim!" Eu estava ali cantando e me arrepiei, não sabia o que fazer naquele momento! Pedi poder do Senhor, porque foi tão forte, como se eu tivesse conversando com uma pessoa. Comecei a clamar ao Senhor, no intervalo do meu vocal, e falando que Jesus ia me dar uma oportunidade para falar o nome dele naquele dia, ainda.Quando acabou o show, eles nem deixavam a gente guardar os instrumentos: alvoroçaram-se na nossa frente! Vendemos mais de quarenta CDs naquele show, e perguntavam porque aquele demônio (do "Demonocidio") estava amarrado e todo cheio de lança. E eles continuaram a falar: "Esse peixinho no seu braço tatuado é o símbolo do Cristianismo! essa estrela de Davi... vocês são cristãos?! Mas. como isso? Não pode ser! Vocês são muito bons, prá serem cristãos! O que te levou a ser cristão?"Pra resumir: eu simplesmente falei ali para mais de trinta pessoas, rodeando-me (as que conseguiram ouvir minha voz), sobre Jesus Cristo, meu testemunho e minha experiencia. Ou seja, nunca falei tanto de Jesus num show como naquele dia!Porque a gente fala de Jesus, mas não pode ficar pregando por cinco ou dezminutos; mas ali eu fiquei horas falando com eles, orei por muitos e muitos choraram. Tinha um grupo do sul da Alemanha, e eles tem um fanzine black-metal. Eles ficaram totalmente impactados e não queriam mais ir embora, nem queriam deixar a gente ir. Estava amanhecendo e no mesmo dia a gente tinha que viajar e tocar. Então foi fantastico!
Eu não podia deixar de contar essa experiencia, que foi o primeiro show que a gente não falou de Jesus, mas Deus reverteu tudo! Muitas vezes a gente não pode falar de Jesus, mas a gente pode representa-lo atraves de nosso visual, de nossa atitude; atraves até das tatuagens, que muitas vezes são criticadas e esse foi o ponto fundamental no qual eles perceberam Jesus na nossa vida.
Pastor Batista, lider e contra-baixista da banda Antidemon.Fonte: Revista Sacred Sound, Ano 2 - Numero 3
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