quarta-feira, 9 de abril de 2008
Cabelo comprido? É pecado? (1co 11:1-16)
Para podermos falar sobre este polemico assunto devemos primeiramente informar sobre os fatos históricos e culturais da época do apostolo Paulo. Nesta carta de Paulo enviada a igreja situada em Corinto, ele está exortando as pessoas sobre como adorar a Deus. A carta gira em torno dos problemas da prática cristã na igreja, portanto relaciona-se com a santificação progressiva, com o continuo aperfeiçoamento da santidade do caráter. A data desta carta é c.55 d.C.
*Fato Histórico e cultural:
A igreja em Corinto acabara de ser fundada. Era uma igreja cheia de dons, porém com grande imaturidade espiritual. Nesta mesma época, havia na cidade um grande templo [Ver imagem ilustrativa acima], considerado uma das maravilhas do mundo na época, o templo da deusa Diana (Artemis no grego). A deusa Artemis, deusa da caça, era personificada em uma estatua enorme no centro do templo, sua aparência era um tanto grotesca. Uma mulher gorda, negra, nua que possuía vários seios. Os cultos a esta deusa eram praticados através da luxuria, lascívia e promiscuidade, as mulheres raspavam suas cabeças e realizavam os chamados "cultos da fertilidade", onde se prostituíam. Com o passar do tempo muitas destas mulheres, se converteram, então começaram a frequentar as reuniões da igreja de Cristo em Corinto. Como elas ainda possuiam as suas cabeças raspadas, a população da cidade começaram a causar tumulto e se escandalizarem, imaginando que estas mulheres recém convertidas estavam praticando cultos da fertilidade no templo dos cristãos. Paulo então, incentivado pelo Espírito de Deus, foi agraciado com a idéia de que a mulher usasse um véu em lugar de cabelo, para que fossem distinguidas na sociedade como mulheres convertidas.
Outro fator importante a ser citado, é que as mulheres usavam vestimentas do alto da cabeça até os pés, em sinal de pureza, autoridade no lar e submissão ao marido. No caso do homem, podemos observar também muitos exemplos. No costume judaico até os dias de hoje, utilizam o cabelo até o pescoço penteado para trás. Os sacerdotes deixavam seus cabelos e barbas compridas, enquanto os nazireus não cortavam seus cabelos.
No versículo 14 é citado que "a própria natureza das coisas não lhes ensina que é uma desonra para o homem ter cabelo comprido". Isto indica a resposta que complementa o versículo 16 mais a frente "se alguém quiser fazer polêmica a este respeito nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus." O que ele quer dizer, é que não convém fazer polemicas por coisas deste tipo, porque há coisas mais importantes a serem feitas, como o que ele estava fazendo ali, pregando o evangelho. O homem deve se achegar a Deus em oração, sem cobrir sua cabeça, ou seja, sem que esteja com algum objeto colocado sobre ela. Aqui não esta falando sobre o cabelo e sim sobre vestimentas utilizadas na época, porque naquela época e até mesmos nos dias de hoje é costume usar uma espécie de turbantes, boinas, bonés e etc. sobre a cabeça. A expressão popular "tirar o chapéu pra alguém", é compreendida como "tenho respeito, admiração por alguém". Da mesma forma em sinal de respeito a Deus é que Paulo diz sobre como se deve orar, não se utilizando de coisas que cubram a cabeça. Paulo era judeu e entendia bem os costumes judaicos, por esta razão escreveu sobre estas coisas, porque para os judeus a cabeça é tida como sinal de autoridade maior e honra!
Conclusão:
Por muito tempo tivemos os usos e costumes sendo pregado nas igrejas. Eles tem tomado o lugar do evangelho, do amor, do perdão que é o que deve ser pregado para o pecador. Devemos nos preocupar com as almas que estão perdidas no mundo, vidas oprimidas pelo inimigo, que carregam um fardo de maldição hereditária e de pecados, pessoas que clamam, sentem o desejo de sentir uma mudança em suas vidas, mas que não possuem forças nem incentivo para isto. É com isto que devemos nos preocupar, que possamos fazer como Paulo, que iluminado pelo poder de Deus, teve atitude perante a sociedade para pregar a palavra, se fez de tolo para ganhar os tolos. Quanto a isto, tenho certeza, de que se Paulo estivesse em nosso tempo, ele iria pregar o evangelho para cabeludos (e não) usando cabelo comprido ou não.
"Mas se alguém quiser fazer polêmica a esse respeito, nós não temos esse costume, nem as igrejas de Deus."
(1co 11:16) NVI
Estudo feito por: Fabio Besi (Formado em Teologia pelo seminário Batista)
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